sexta-feira, 15 de maio de 2015

Respeita meu texto, escrevo pra acarinhar o papel vazio, respeita me corpo, admire sem garras as minhas curvas, respeito meu cabelo despenteado, dei a ele a liberdade de dançar com o vento e ele não se acostuma mais com a monotonia do pente, Respeite minha semana vermelha, meu coração pulsante saindo pela boca, minhas emoções na beira da janela, meu humor chuva de verão.
Respeita meu desejo por solidão, liberdade, independência, desiste de pregar em mim sua moral, não vai adiantar, não vou me padronizar, o cercado não me coube mais e eu descobri que fora dele o mundo é bem maior, melhor, verdadeiro,  Respeita a minha burca, meu salto agulha, minha saia jeans e saia com seu preconceito pra longe de mim, aceita que eu não preciso de elogio teu e não dou ouvidos pra qualquer ofensa.

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