sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sobre uma sexta-feira amena

Quero abrir o portão, posicionar uma cadeira no centro da porta e chorar enquanto vejo os carros passarem. Quero que eles me vejam também, quero que ao menso um nessa fileira imensa que é o transito do Goiânia olhe pra mim e se compadeça da minha dor. Quero que se pergunte o porquê das lagrimas da menina da casa 12, quero que tente imaginar, que crie possibilidades, que gaste um pouco do tempo, -  que custa tanto, pois dizem que o tempo é dinheiro - comigo. Quero que esta mesma pessoa chegue a imaginar que a minha dor veio de alguém, foi provocada por alguém. Que ele passe a ser mais gentil com os outros agora, pois sabe que há gente que chora quietinha na porta de casa. Quero que ele pense que talvez já tenha sido o motivo do choro de alguém e que se lembre que também já chorou . Assim como eu, muitos choram, muitos fazem chorar e, claro, todos somos as duas coisas, mas não deveríamos. Não deveríamos ser o motivo das lagrimas de alguém e não deveríamos chorar por alguém.Mas fazer o que se o amor as vezes machuca, se as vezes ele nos faz querer morrer. Essa enorme bola de neve que tanto pode nos divertir como nos massacrar e depois que massacra ficamos gelados, frios e ai aparece outro alguém, um sol, nos diverte  de novo, nos esquenta e nos queima e depois vem outra bola de neve ...
Viver é uma sucessão de chegadas e partidas, bençãos e tentações, felicidade e tristeza. Não dá pra fugir disso e nem quero. 

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