sábado, 24 de janeiro de 2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Não bebia
Não fumava 
Mal sorria 
Mal amava
Se chorava, ninguém sabe
Se gritava, ninguém ouvia 
Se um dia transbordou, foi por raiva
Não por amor
Não vivia
Só seguia o passar dos anos
Juntava um monte de nada
E vai morrer vazio.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

DEVANEIO

    Hoje fiquei em casa sozinha durante praticamente o dia todo, fiz coisas que todo mundo faz, mas também fiz algumas que não imagino sendo feita por outras pessoas. O calor torturou a tarde toda, me despi, caminhei e dancei pela casa, como se meu lar fosse minha plateia. Fumei um cigarro, na verdade eu não fumo, mas estava sozinha, tive vontade e ninguém que me impedisse. Liguei a tv e o rádio, não porque queria assistir ou ouvir, mas porque um nunca fica quando o outro está, isso me remeteu ao sol e a lua, dois amantes perfeitos que nunca se encontram. Comi arroz na hora do lanche, me atrasei pra tomar remédio, deite no chão quente e chorei bastante, eu sentia minha pele queimar e havia prazer na dor, 
    Chorar foi meu programa principal, esperava que com as lagrimas escapando eu fosse me sentir mais leve, não resolveu, TEve um momento que me deitei perto do portão de maneira que eu pudesse ver a rua e os pés que passam.Passam muitos pés na porta da minha casa, alguns em turmas, rindo alto, outros sozinho e calados, pensei em como eles nunca imaginariam que do lado de dentro daquele portão tinha uma mulher nua, deitada no chão quente e chorando por um amor que não sara. 

   Delongue meu devaneio e passei a pensar em quantas coisas estrnhas são feitas da porta pra dentro, talvez eu já tenho passado na porta de uma menina que precisasse de ajuda, mas eu não pude ajudar o choro dela só gritava do corpo pra dentro.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sobre uma sexta-feira amena

Quero abrir o portão, posicionar uma cadeira no centro da porta e chorar enquanto vejo os carros passarem. Quero que eles me vejam também, quero que ao menso um nessa fileira imensa que é o transito do Goiânia olhe pra mim e se compadeça da minha dor. Quero que se pergunte o porquê das lagrimas da menina da casa 12, quero que tente imaginar, que crie possibilidades, que gaste um pouco do tempo, -  que custa tanto, pois dizem que o tempo é dinheiro - comigo. Quero que esta mesma pessoa chegue a imaginar que a minha dor veio de alguém, foi provocada por alguém. Que ele passe a ser mais gentil com os outros agora, pois sabe que há gente que chora quietinha na porta de casa. Quero que ele pense que talvez já tenha sido o motivo do choro de alguém e que se lembre que também já chorou . Assim como eu, muitos choram, muitos fazem chorar e, claro, todos somos as duas coisas, mas não deveríamos. Não deveríamos ser o motivo das lagrimas de alguém e não deveríamos chorar por alguém.Mas fazer o que se o amor as vezes machuca, se as vezes ele nos faz querer morrer. Essa enorme bola de neve que tanto pode nos divertir como nos massacrar e depois que massacra ficamos gelados, frios e ai aparece outro alguém, um sol, nos diverte  de novo, nos esquenta e nos queima e depois vem outra bola de neve ...
Viver é uma sucessão de chegadas e partidas, bençãos e tentações, felicidade e tristeza. Não dá pra fugir disso e nem quero. 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

FREQUÊNCIA AFETIVA



Ontem, ou anteontem recebi um link curioso, veio de uma amiga que só vejo duas vezes por ano, o link me levou a um blog, onde estava um texto chamado "Frequência afetiva", expressão pra lá de curiosa, nunca antes havia visto as duas palavras juntas, o texto é maravilhoso, indico, mas o que me despertou mesmo, foi título.
Apesar de concordar com a definição que o autor deu a expressão eu criei um significado pessoal. Na vida há ida e vindas, encontros e reencontros , quantas vezes já nos despedimos de alguém, nos antecipamos na saudade e de repente a reencontramos bem mais cedo do que o esperado? Se o carinho e afeto mudam eu não sei, mas eles não somem, em meio a abraços, beijos, sorrisos e lágrimas agradecemos pelo reencontro, pelo ''adeus'' que, por Deus, virou ''até logo''. Depois de encontros assim voltamos a acreditar na vida, na coincidências e, até mesmo, no cupido. As esperanças se renovam e quando o vento sopra sentimos um perfume familiar,  ouvimos uma voz conhecida e acreditamos que em qualquer esquina pode-se encontrar a felicidade.
Se é bobagem eu não sei, mas que o afeto nos afeta é fato. 
Daqui a seis a meses, quando eu encontrar minha amiga de novo, ainda sentirei por ela um enorme afeto, mas eu terei mudado e me tornado maior, melhor, aceitei que o tempo não tem dono e afeto não morre porque ele frequentemente nos visita cá dentro, vem com o vento, trás seu perfume, é saudade, eu sei, mas não doí,

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"Moça, comprei umas doses 
no boteco ali da esquina 
a bebida se parecia com você
no começo não me agradou
depois gostei e cai dentro
mas a semelhança mesmo
não estava nisso
é que a bebida era barata, amarga e acabou rapidinho. "

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que você levaria pra uma ilha deserta?

Ou "quem você levaria para uma ilha deserta?"


nostalgia

Me afundo na possibilidade de ter de volta, escrevo cartas para te entregar quando estiveres novamente comigo, assim saberá que esteve presente todos os dias durante esses eternos três meses, você me deixou mais nunca saiu de mim, esteve e, está, aqui guardada, como o meu mais precioso segredo e presente, e não pense que quero que saia. A dor de sentir sua falta não é nada comparado ao bem que me faz nossas lembranças. Ontem eu sonhei com você, escrevi o sonho no celular,pensei em enviar, mas não enviei, transcrevi pro papel e vou guardar como se fosse um sonho seu comigo, como se fosse sua letra no papel. As vezes tem coisas que eu queria te dizer, outras que eu queria te mostrar, a vontade é tanta que conto elas pras paredes do meu quarto e tento imaginar o que você diria, acredito que meus pensamento cheguem bem perto da sua real reação. Você, apesar de maluca, é bem previsível, eu sempre sabia o que você ia dizer, com quais piadas ia rir, que livros ia gostar, só não previ que ia me deixar, mas deixou.

sábado, 3 de janeiro de 2015

É amor
Daqueles que se escondem dentro do armário
Que se transveste de ciúmes
Se enfeita de insegurança
Do tipo de amor que só sai de madrugada
Depois de três ou quatro copos
Que se senta na última mesa do bar
Amor que não quer ser notado
Mas de tão grande e bobo
Se esbarra em tudo
Quebra copos
Corpos
E coraçoes
Tropeça na barra da saia e cai
Eu digo, todo mundo já te viu amor
Mas ele não ta pronto pra se mostrar
Só anda no escuro
De cabeça baixa
Não ta pronto, coitado.
Mal sabe que brilha demais pra ser invisível
Mal sabe que o amor deixa rastros
Não sabe que por onde passa nasce flor
Brota alegria
Voam borboletas tontas
Amor, o amor não cabe dentro do mundo, ele não consegue se esconder dentro de um lugar tão pequeno.
Mas ele não sabe disso, melhor continuar assim
O ano mal começou e eu já morri três vezes. Morri ontem por ter bebido demais e por ter sido fraca e te ligado, agora morri de novo porque veio falar comigo, me disse que se mudou. Sinto que também morrerei de tédio, ainda este ano, tédio mata devagar, tipo diabete. Outra coisa que mata é a saudade, que nem parasita, se hospeda na gente, suga a vitalidade e morre junto com o hospedeiro.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Chega, deixem minha esquisitisse participar da festa!
Respeite minha indiferença, por favor.
Peço desculpas pela apatia,
Mas tenha empatia
E se coloque no meu lugar
Não faz muito tempo
Que eu comecei a me  importar
E isso de se importar não é coisa fácil
Me importo em me importar comigo
Me forço a me importar comigo
Pois eu sou meu abrigo
Sou meu abraço
Sou meu amigo
E aqui dentro mora um monstro
Ele ta me devorando

Sim, ele ta
Ele quer me levar, me destruir
É por isso que passei a me importar
Posso ter bem pouco tempo
É melhor aproveitar
Me cuidar
Deixar rolar
Sentir o vento me tocar
E lhe bater e eu quiser

Se amanhã o monstro me matar
Eu vou sentir falta de mim
Se amanhã o monstro partir
Eu sentirei falta dele
Porque foi ele que me abriu os olhos
Ele me fez ver que eu estava perdendo tempo
Agradando todo mundo
E me deixando pra depois.

Duas letras, duas moças e uma vibe só. 

            Ano Novo, mais 365 dias, 365 oportunidades e bla bla bla. To pouco me importando se o ano acabou, se começou outro ou se o Brasil perdeu de 7. A verdade é que pensando sobre meus anos de vida notei que já vivi 6.570 dias, seguindo a logica de 18 anos X 365 e, sabe de uma coisa, não os vi passar e quando olho pra trás vejo que pouquíssimas coisas me fizeram realmente feliz, pouquíssimas coisas que acumulei ao longo dos dias estão aqui agora. Pessimista, amarga, chata, pseudointelectual, ah, eu já conheço esses adjetivos, os escuto de vez em sempre e não discordo de nenhum, mas sabe, eu não costumava ser assim. No meio desses 6 570 dias, algo se perdeu, se quebrou e no lugar ficou um vazio que agora preencho com textos mal pontuados.
              Não fui tão esperta como Buk, deixei meu pássaro azul morrer, se sufocou com o curto espaço de vida que havia em mim.